uma luta #1
… lembro-me do dia em que a visitei no hospital…
fomos todos na carrinha do manel. aquela carrinha que ele tinha comprado para levar a família toda em excursão, como ele dizia…
mas esta excursão não era feliz… o destino era o IPO de Coimbra..
a espera na sala era bem grande… só podíamos ir 2 de cada vez visitá-la.
os que vinham mostravam um desânimo que se prolongava até aos que esperavam… os que iam já iam imaginando um cenário desolador.
finalmente o passe foi-nos dado, com um aviso de que não poderíamos ficar muito tempo…
.. lá estava ela na cama do meio. sorria… nada indicava que tinha um bilhete de partida atribuído… estava a lutar com os cabelitos que insistiam em cair para a cara e meter-se com as pestanas…
“oh tia, tenho aqui uns ganchinhos. vamos fazer um penteado”. aqueles olhos azuis mostraram uma nova animação e novamente o sorriso… e saquei dos ganchos multi-cores que tinha comprado para agarrar o cabelo quando fazia a ioga.. no final ficou com a cabeça às cores. “ultra-moderno aninhas” disse meio envergonhada… lá na aldeia essas coisas não se usavam…
e deixei-a assim a olhar-se no espelho… embrenhada nos seus pensamentos…
fomos todos na carrinha do manel. aquela carrinha que ele tinha comprado para levar a família toda em excursão, como ele dizia…
mas esta excursão não era feliz… o destino era o IPO de Coimbra..
a espera na sala era bem grande… só podíamos ir 2 de cada vez visitá-la.
os que vinham mostravam um desânimo que se prolongava até aos que esperavam… os que iam já iam imaginando um cenário desolador.
finalmente o passe foi-nos dado, com um aviso de que não poderíamos ficar muito tempo…
.. lá estava ela na cama do meio. sorria… nada indicava que tinha um bilhete de partida atribuído… estava a lutar com os cabelitos que insistiam em cair para a cara e meter-se com as pestanas…
“oh tia, tenho aqui uns ganchinhos. vamos fazer um penteado”. aqueles olhos azuis mostraram uma nova animação e novamente o sorriso… e saquei dos ganchos multi-cores que tinha comprado para agarrar o cabelo quando fazia a ioga.. no final ficou com a cabeça às cores. “ultra-moderno aninhas” disse meio envergonhada… lá na aldeia essas coisas não se usavam…
e deixei-a assim a olhar-se no espelho… embrenhada nos seus pensamentos…